Fundamentação
Na última década vários têm sido os casos de acidentes relatados nas revistas científicas que dão conta das interações que ocorrem entre os medicamentos alopáticos, disponíveis no Índice Terapêutico e os extratos de produtos naturais. Estas informações vão ajudando a criar os dados suficientes para que as evidências clínicas possam ser usadas na prevenção de novos acidentes, o que reduz os custos nos Sistemas de Saúde mas essencialmente ajuda a preservar a vida dos utentes.
Os fatores genéticos, idade, condições gerais de saúde, funções renal e hepática, consumo de álcool, tabagismo, dieta, assim como fatores ambientais, influenciam a suscetibilidade para interações medicamentosas, no entanto, hoje o conhecimento sobre os mecanismos envolvidos na absorção, biodisponibilidade, metabolização e excreção são sobejamente conhecidos para que se possa fazer a avaliação de risco.
Importa referir que uma boa parte dos medicamentos disponíveis no arsenal terapêutico teve origem em produtos de origem natural e que foi a sua toxicidade que revelou a potencial bioatividade que hoje é aproveitada na terapia, sendo que os efeitos secundários resultantes de possíveis interações podem vir aumentados.
Recentemente há cada vez mais ensaios clínicos, que relacionam as hipóteses de interação de forma que se torne compreensível o possível mecanismo e a evidência científica que vem complementar a evidência clínica e que são fundamentais para consolidar a necessidade do conhecimento total.