Uma das substâncias termogénicas usadas nos suplementos para emagrecer é a Taurina, extraída do fígado de bois vivos. O seu nome deriva de Bos Touro (Bílis de Boi) da qual foi isolada pela primeira vez a mais de 150 anos atrás.

Os termogénicos aumentam a capacidade de despender calorias e eleva a temperatura interna do corpo mas sem exercício não ajudam em nada porque eles não aumentam o gasto de energia, pelo que não ajudam a emagrecer.

Existem evidências que a taurina participa em várias funções fisiológicas importantes. No sistema nervoso está associada à osmorregulação, anti oxidação, destoxificação e estímulo da glicólise e glicogénese. No fígado, a taurina conjuga-se com ampla variedade de produtos tóxicos como metabólitos de medicamentos e xenobióticos, permitindo que estas toxinas sejam rapidamente excretadas pelo organismo. A taurina pode ainda complexar com metais pesados e reduzir os níveis destes metais através de um mecanismo de desintoxicação pela redução rápida com a formação de produtos estáveis. Atua como emulsionante dos lípidos, no intestino delgado, promovendo a sua absorção intestinal. A taurina age ainda como transmissor metabólico e fortalece as contrações cardíacas. Outro atributo relacionado a este aminoácido é de poder intensificar os efeitos da insulina, tendo sido responsável por um melhor funcionamento do metabolismo de glicose e aminoácidos.

Na dosagem recomendada, de 3 doses ao dia de 500 mg, está longe de ter algum tipo de efeito seja terapêutico ou indesejável. Como é produzido pelo organismo, se não houver excessos não há problemas.

O problema começa quando durante o uso do produto o resultado pretendido não é obtido! Então a pessoa aumenta a dose ficando sujeita à taquicardia, pressão alta, acidentes vasculares cerebrais, alteração de humor, insônia, ansiedade, falta de ar, problemas no fígado e rins, complicações nos pulmões e insuficiência cardíaca, pois estes suplementos termogénicos podem prejudicar o coração, fígado, pulmões e rins.

Indivíduos com problemas renais ou hepáticos devem consultar um médico antes do seu consumo. Também não o devem tomar pessoas que tenham sofrido enfarte do miocárdio, com doença estabelecida das artérias coronárias ou com hipotensão arterial nem pessoas com glaucoma ou herpes vulgar, a não ser que seja prescrito por um médico.

Alguns estudos têm demonstrado interações farmacológicas, e os consequentes efeitos nocivos, da associação de taurina com cafeína e com extrato de guaraná, ricos em cafeína, composto químico que estimula muito o sistema nervoso central, sendo considera uma droga psicotrópica; assim como com o ginseng e outros ingredientes que também agem no sistema nervoso autônomo como estimulante, produzindo excitabilidade.

Estudos com animais de laboratório têm demonstrado interações farmacológicas entre o álcool e a taurina. Alguns relatos sugerem que há interação com o álcool, expressa pelo aumento dos efeitos excitatórios ou redução de seus efeitos depressores.